Sobre a vida

- Mãe, quando você e o papai forem avós, o vovô e a vovó vão ser o que?
- Bisavós.
- Mas existe biso? Quem era meu biso? (uma única bisavó dentre os oito está viva).
Falei o nome dos bisavós, os do meu lado, ela quis saber um pouco sobre o pai do vovô: como ele era, o que fazia, do que brincava comigo. E como ele era quando bebê, quando era adolescente...
Achei muito interessante ela ter essa visão de fluxo da vida, perceber que o bisavô dela foi um dia um bebê, depois foi um moço, etc..

Continuando a conversa sobre "de onde viemos e para onde iremos", ela começou a perguntar sobre como é que o médico faz para o bebê nascer. Como o médico corta a barriga, se dói, se sai sangue... E disse que acha que não quer ter bebê pra não ter que cortar a barriga. Expliquei sobre a anestesia, que não dói (na hora...). Não tive coragem de falar sobre parto normal. Quando minha mãe me falou sobre isso eu tinha sete anos e fiquei absolutamente chocada. Me parecia improvável que de um "furinho" tão pequeno pudesse sair um bebê! - na verdade até hoje acho, não consigo ver parto nem pela televisão! Lindo, natural, mas tenho pavor...
Na época fiquei tão impressionada que comecei a vasculhar os livros lá de casa em busca de mais informações (sempre adorei ler) e acabei achando algumas fotos bem chocantes. Curiosidade mata! Por isso, a historinha do parto normal só daqui a um tempo.
E pra azedar um pouco mais, fui correndo contar pra minha melhor amiga sobre as minhas descobertas, por onde bebês nasciam. E ainda levei uma bronca da minha mãe, que me avisou que não era pra ficar espalhando 'essas coisas' para as outras meninas...

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