Jalapão, a jóia do sertão


A cidade de partida é Ponte Alta do Tocantins, a cerca de 180 km de Palmas, onde moram alguns guias.
Contratamos um guia local, excelente por sinal, o Belêco. Ele te leva no carro dele, na época que fui era uma caminhonete cabine dupla. É um senhor bastante simpático, com experiência e ainda faz uma deliciosa maria-isabel - pra quem não sabe, carne seca com arroz - para quando você chegar exausto da cachoeira. A paçoca dele também é deliciosa, não deixe de pedir, quando fechar o pacote, que ele leve paçoca! http://belecoturismojalapao.com.br/. Tem também a Dona Lázara, dona de uma pousada na cidade que faz o mesmo roteiro.
Das 3 noites do percurso, duas dormimos em pequenas pensões em casas familiares, e uma noite acampamos. O Belêco também empresta barraca e outros utensílios se você precisar.
Existe também uma empresa paulista que faz safáris pela região, a Korubo. http://www.korubo.com.br/ Encontramos com eles em alguns locais, e realmente são muito organizados, os acampamentos parecem de filme, e dizem que até crepes servem à noite. Os preços, é claro, são bem salgados, mas para quem pode pagar e quer mais conforto, é perfeito. Optamos pelo Belêco, que além de ser nascido na região fez um preço que não achei absurdo. Em 2006 ele nos cobrou R$ 1.400 pelo passeio completo, incluindo o combustível + a maria-isabel e a paçoca. Dividimos esse valor por 4 pessoas.
O resto é melhor não contar, você verá com seus próprios olhos! Eu gostei bastante, de todos os parques nacionais que conheci até agora, considero o mais exótico e deslumbrante. A água das cachoeiras é morninha, o que faz os mergulhos serem ainda mais gostosos. Estas fotos foram tiradas no parque das dunas, o ponto alto da viagem, na minha opinião, e onde foram rodadas algumas cenas do filme Deus é Brasileiro. Um lugar surreal! Sempre-vivas brotam aos montes no meio da areia amarelada, realmente é cinematográfico. Mas o roteiro reserva outras pérolas não menos surpreendentes.
Fizemos o roteiro de 4 dias, sendo o primeiro ainda fora do Jalapão, nas redondezas da cidade de Ponte Alta, mas com muitas atrações imperdíveis, entre elas uma cachoeira imensa que podemos atravessar por trás e a Ponte de Pedra.
Alguns vilarejos no meio do caminho vendem artesanato de capim-dourado, que cresce na região em uma determinada época do ano. Fomos em maio e não vimos o capim florescendo. Em compensação, o calor não estava de matar. Como habitante do cerrado, recomendo visitar a região nos meses de maio a julho, quando a temperatura cai um pouco e é a época de seca. O período de novembro a abril é o período das chuvas, e os meses de agosto e setembro, quentes e secos.
Fotografias de Tatiana Terra.
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