No circo

 Levamos a Lis ao circo domingo passado, ela ainda não tinha ido, foi uma tarde de muitas surpresas e emoções! 

Quando chegamos, aquelas luzes, tudo lindo... Pedi para a Marina tirar uma selfie nossa. Ela tirou uma na horizontal e pedi mais uma, vertical. Imediatamente a Lis me olhou com os olhos bem expressivos e falou: - A minha mãe não gosta que me poste. Ao mesmo tempo que ela estava me alertando, seus olhinhos diziam: olha, como você é minha tia, depois vocês que se entendam....

Ìamos lanchar depois do espetáculo, no Mc Donald´s. Como não é muito fã do Mc, a Marina disse que iria comer um sundae. Eu, mãe de adolescente, não falei nada, tá tudo bem. Lis ficou em silêncio. Uns dez ou quinze minutos depois, ela me perguntou, desconfiada: - Tia, a Pi vai jantar sundae?

Quando ela tinha medo, ia para o colo da prima.

Na hora da mágica, ela parecia uma aluna de física de sétimo ou oitavo ano da minha geração: aposto que tem um íma nessa mesa - quando a mesa flutuou. Para cada mágica ela tinha uma hipótese da física. 

Ela amou o número dos palhaços. Um trazia uma bola e jogava para a platéia, que fazia a bola circular pela arena. Chegava o outro e tomava essa bola. O público, então, o vaiava. Ela pulava, gritava, empolgadíssima! 

Quando chegamos a mãe perguntou: o que você mais gostou, Lis? Ela arregalou os olhinhos: da roda da morte, e explicou como era a dinâmica dos 4 motoqueiros e os perigos.

Assim que chegamos à casa dos meus pais, onde os pais dela a aguardavam, e lá debaixo ela viu, pela janela, a luz da TV acesa. Ela então falou: Ih, meus pais tão vendo filme. Eles não vão dar a mínima pra minha chegada.  Achei engraçado demais. 

Ela levou uma mochilinha e tirava tudo de lá, jujuba e Fini (minha mãe que mandou), uma garrafinha de água, lenços umidecidos para limpar as mãos antes de comer. Tava engraçadinho, parecia a cartola do mágico, tinha de um tudo naquela mochilinha. Não preciso recomendar nada, ela sabe muito bem o que tem que fazer e como. Tá criada essa menina!, falei para a minha irmã, que me recomendava a ou b pelo celular - tudo o que a própria Lis já tinha feito sem eu mandar.