a primeira semana

Aqui estou eu depois de um sumiço básico. Os últimos dias foram os mais felizes e também os mais cansativos de toda minha vida.
Duas noites viradas, mãos suadas, icterícia, som de carro roubado no hospital, o dente do Marcelo que quebrou... uma loucura.
A Marina já nasceu saindo quase todo dia pra passear. Em uma semana tivemos que sair umas 4 ou 5 vezes. E amanhã tem mais: vamos ao banco de leite do HUB pedir um help na amamentação. E esta semana ela ainda tem que sair pra tomar as vacinas e retorno ao pediatra.
Já fez teste do pezinho, exame de sangue e hoje fomos na dra. Bruna tirar os pontos. A minha recuperação foi maravilhosa e a cicatriz ficou praticamente transparente. Só estou ainda com o pé bem inchado e sinto dor quando tenho tosse ou dou risada.
A Marina está com icterícia e tem tomado banho de sol e de chá de picão pra melhorar, mas parece que não é grave.
Já fomos parar duas vezes no pronto-socorro, uma delas no meio da madrugada, porque ficamos assustados com o escândalo que ela estava dando, achando que pudesse ser dor de ouvido. O médico que nos atendeu disse que era normal, que bebê recém-nascido chora mesmo (não me diga!), mas depois descobrimos que a Marina estava era chorando de fome, tadinha.
Nãs sei ainda se tenho pouco leite ou se ela não consegue sugar direito, mas na consulta com o pediatra descobrimos que ela perdeu 500g em 1 semana e por isso tivemos que começar com complemento. A sorte foi ela ter nascido bem gordinha, com uma boa reserva.
Ainda bem que ela aceitou bem está tomando o Nan direitinho desde ontem. Começou tomando 30ml por "refeição" e um dia depois já está aceitando 50ml. Só dá um trabalhão, porque ela não consegue mamar tudo de uma vez, então vai uma seringa, uma pausa, uma seringa, uma pausa, e uma mamada que no peito seria de no máximo 1hora, viram 2 horas ou mais. Daí ela dorme por 3 ou 4 horas e começa tuuudo de novo...
Antes ofereço o peito, mas depois que começou com o complemento ela não mamou mais. Fica irritada, vermelha, chora rouco (parece que vai ser meio rouquinha que nem a mamãe), se debate, e antes desse complemento até eu tive crises de choro vendo minha filha desse jeito...
Pelo menos ela mamou durante uma semana o colostro, mas foi com muito sofrimento, o Marcelo do meu lado, em pé, durante meia hora ou mais, segurando a cabeça, eu segurando as mãos, à força. Segundo a Soyama, uma fada-enfermeira especialista em amamentação, ela só não foi internada graças ao nosso esforço, que foi tremendo.
Estamos morrendo de pena dos vizinhos, que foram tão gentis mandando presentes para a Marina, porque foram duas madrugadas de gritaria. Ela chorava de um lado, e eu de outro.
Fora essa confusão toda, nossa filha está a cada dia mais linda!!! Adoro quando ela está de olho aberto, acordada. São os momentos mais gostosos, de interação.
Eu sou mesmo super desajeitada como já imaginava que seria, mas já estou conseguindo trocar fraldas bem, trocar roupinhas razoavelmente (odeio enfiar os bodys pela cabeça) e dar banho com a ajuda de alguém.
Descobri também um jeito de acalmá-la quando está chorando muito. Coloco perto do meu coração e ela se acalma (às vezes).
Hoje minha acupunturista veio aqui em casa e fez uma aplicação, me trouxe um floral e me ensinou a apertar um ponto na orelha pra diminuir o suor nas mãos (que atrapalha bastante pra cuidar da Marina). As coisas estão entrando nos eixos agora e estamos nos adaptando à nova rotina, aos poucos.
Como diz a Cláudia, prima do Marcelo: isso é que é viver perigosamente...

Comentários

Anônimo disse…
Força, Maroca!!
Olha, eu sei que parece chover no molhado, mas bêbe chora mesmo, o pediatra tinha razão. A arte é a gente saber o que fazer com o choro, né? saber entender e tal.. é, teste de paciência mesmo. Que bom que as coisas estão se encaixando, querida!
beijo grande dos 4 daqui,
glau

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